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O artigo analisa as condições sociais necessárias para a formação de coletivos de midiativismo no Rio de Janeiro, entendidos estes como grupos que produzem e veiculam conteúdos audiovisuais pela internet. O texto está baseado em imagens coletadas para o documentário Mídia em Movimento, que apresenta o trabalho de alguns grupos de mídia comunitária e alternativa da região metropolitana do Rio de Janeiro; e em algumas outras entrevistas com midiativistas. Procuramos mostrar como a formação destes coletivos só pode ser sociologicamente compreendida se reunirmos informações sobre o contexto sócio-histórico em que se insere o fenômeno; as trajetórias individuais e familiares dos indivíduos que os compõem, com ênfase sobre seus processos de formação; e suas atuais motivações e situação socioeconômica.

Esse artigo tem como objetivo fazer uma análise dos métodos participativos de pesquisa na comunicação e demais ciências sociais. Seu fio condutor é o próprio processo de pesquisa vivenciado pelos autores, que ao longo do seu desenvolvimento e das dificuldades encontradas suscita as questões metodológicas discutidas e a busca de referências teóricas para trata-las. As principais referências utilizadas são os textos organizados por Brandão (1981 e 1984) e a tipologia de pesquisa participativa desenvolvida por Peruzzo (2003). Além dos tipos de métodos participativos discutidos, os autores apontam para questões éticas do processo de pesquisa, tais como as relações entre pesquisados e pesquisadores diante de situações de conflito entre coletivos pesquisados.

A proposta deste artigo é discutir o conceito de comunicação comunitária. Para tal, parte-se de uma breve revisão e de algumas aplicações do conceito de co- munidade, em diferenciação à concepção de sociedade. Diante do desenvolvimento das tecnologias da comunicação, abordam- -se as diferentes formas de manifestação social do ideário ligado à comunidade, demonstrando-se como o conceito é central para a compreensão dos proces- sos de comunicação desenvolvidos hoje. Ao final deste percurso, será analisado como o conceito de dialogia, inaugurado por Bakhtin e desenvolvido por Freire, relaciona-se à comunicação comunitária e significa novas perspectivas para a Teoria da Comunicação e, em última instância, para a própria Teoria Política.

Este artigo, de caráter exploratório, tem como objetivo apresentar os primeiros resultados da pesquisa audiovisual Mídia e Democracia na América Latina. Essa pesquisa, que terá como produtos um filme de longa metragem e uma série para TV, pretende traçar um mapa da mídia na América Latina, verificando, em cada país, qual a estrutura do setor de comunicações, como atua a grande mídia, quais as transformações recentes nas legislações e os espaços ocupados pelas mídias comunitárias e alternativas. O artigo apresenta alguns destes pontos para dez países – Venezuela, Argentina, Bolívia, Uruguai, Equador, México, Peru, Colômbia, Brasil e Chile – e faz uma breve análise comparativa. A partir da percepção de que o fenômeno da concentração da informação afeta a todos esses países, o objetivo do trabalho como um todo é contribuir para o debate sobre a democratização da mídia na região, verificando o há em comum e quais são particularidades de cada caso.

Este artigo apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa de campo com observação participante que a equipe do Laboratório de Comunicação Dialógica da Faculdade de Comunicação Social da Uerj vem desenvolvendo junto a veículos de comunicação comunitária. O trabalho analisa a trajetória e os principais desafios enfrentados por um destes veículos, o Jornal “O Cidadão”, que há quatorze anos circula no conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Dentre estes desafios, o artigo focaliza as contradições relacionadas à sustentabilidade dos veículos de comunicação comunitária.